
Convenção Goiás (por aclamação)
Superintendente – Pr. Arimatéia Oliveira Costa
Vice – superintendente – Renato de Souza
Secretário – Reginaldo N Duarte
Diretor Financeiro –Mauricio Antas
Diretor de Patrimônio – Claudemir Souza
Durante muito tempo, o irmão Léo Radnik não usufruía suas merecidas férias, até que o dia, a muito esperado, aconteceu, em dezembro de 1952. Deixou, feliz, suas atividades na gráfica e se dirigiu para o interior de São Paulo, onde passou merecido período de descanso, em sítios e fazendas de amorosos irmãos. Vencido esse período, com vigor renovado e com doce recordação dos irmãos com os quais estivera, durante suas férias. Conforme relata o Pastor Otoniel da Silveira, oito dias apenas havia se passado quando: “…na tarde da segunda feira, dia 5 de janeiro de 1953, depois de um dia de trabalhos, põe em marcha seu motociclo e toma direção à minha residência, na Rua Petrópolis, 43 em Vila Guilherme. Ele e o jovem Manoel Pereira Brito iam passando pela Rua Curuçá, em velocidade regular, quando, em direção contrária, vem um caminhão de bebidas, em alta velocidade e, na então Rua México, cruza-a, pegando de cheio a moto em que os dois estavam, atirando-os a longa distância. O irmão Léo teve morte instantânea, enquanto que o jovem Manoel Pereira Brito foi levado ao HC, com vários ferimentos e pouca possibilidade de vida. O acontecido abalou a todos os seus colegas de serviços, à família promessista paulistana e a todos, por onde a notícia chegou. Ao jovem Manoel, felizmente, Deus poupou, embora tenha corrido risco de vida. Dias depois, ele recebeu alta do hospital e foi para casa, até que se recuperou de tudo.” (O Restaurador – jan/fev. 1953 pp 13 e 14). (cad. Fotos p.125). |
A cada mês, cerca de 200 igrejas viram prédios na Europa
“Quatorze apartamentos de luxo em uma igreja restaurada” é o que dizia a enorme faixa pendurada em frente a uma igreja histórica fechada na Europa, segundo o Portal G1, em 05/09/11. Nada de novo. Nos últimos dez anos, 200 templos, em média, por mês, fecharam as portas em toda a Europa. Os países que abrigaram igrejas cristãs por séculos possuem hoje uma ínfima porcentagem de fiéis. O berço da reforma protestante carece hoje de um grande reavivamento. Os dantes protestantes já não protestam mais. Aculturaram-se, tornaram-se céticos; foram tragados pela cultura emergente; pelo pluralismo, pelo relativismo moral e pelo processo histórico de secularização que varreu toda a Europa.
As igrejas ainda estão lá, mas, na grande maioria, sem nenhuma relevância para a sociedade moderna. Já não são o que a princípio deveriam ser. São igrejas na essência, mas também prédios que se tornam alvos da cobiça imobiliária. Igrejas de 200 anos – e até mais antigas – estão fechando as portas na Europa. Os edifícios, cheios de tradição, estão sendo ocupados por livrarias, estúdios de música e até boates, ainda segundo o Portal G1. Em uma sociedade pós-moderna e, consequentemente, secularizada esta é a única “função” que uma igreja poderia exercer.
Penso que esta não seja uma exclusividade das igrejas centenárias da Europa. As igrejas do Brasil também andam perdendo a “função” que outrora já desempenharam e, o mais incrível, sem fecharem as portas. Por aqui, as igrejas também oferecem entretenimento e luxo assim como as igrejas da Europa, que se transformaram em boates e hotéis luxuosos. A secularização é um processo complexo e se desenvolve de diversas maneiras dentro de uma cultura ou sociedade, absorvendo as peculiaridades de cada contexto.
Nós, os evangélicos brasileiros, somos tão criativos que desenvolvemos uma nova maneira de secularização: uma que não precise fechar as igrejas. Os padrões de nossa sociedade consumista e materialista são reproduzidos em nossos cultos e congregações claramente. No Brasil, a secularização se desenvolve nas igrejas com as portas abertas. Por aqui as igrejas não fecham, pelo contrário, crescem. No entanto, tão rápido quanto o crescimento das igrejas evangélicas do Brasil, é o espantoso crescimento dos “sem-religião”. Aliás, as igrejas evangélicas deste país, com seus escândalos financeiros, apelos materiais e falsas promessas, são os grandes agentes desse crescente número de frustrados e decepcionados com a religião. De maneira que nos perguntamos: o crescimento evangélico é, de fato, benéfico em nosso país?
Mara Maravilha, cantora gospel e proprietária de uma loja de artigos evangélicos na rua Conde de Sarzedas, em São Paulo, disse em uma reportagem exibida pela BBC Brasil: “Graças a Deus que se abrem muitas igrejas. É melhor do que abrir botequim”. Desculpe-me o ceticismo, mas será mesmo? Será benéfica uma mensagem distorcida do evangelho que produz resistência nas pessoas contra o verdadeiro evangelho de Jesus?
Devemos repensar. É possível que já tenhamos mais de 20 milhões de pessoas no Brasil que se declaram sem-religião. Em um país aparentemente religioso, cresce a indiferença e até mesmo a antipatia pelas expressões religiosas. Temos diante de nós, como igreja, um grande desafio: alcançar pessoas indiferentes e ariscas ao cristianismo institucional. Temos a incumbência de proclamar Jesus a pessoas cada vez mais céticas e frustradas com a religião.
Diante dos desafios que despontam no horizonte dessa geração urge a necessidade de uma igreja relevante, capaz de romper as barreiras intransponíveis e proclamar com verdade e simplicidade o evangelho de Jesus Cristo. O mundo precisa de uma igreja que consiga dialogar com a cultura, comunicando o evangelho de maneira clara e compreensível às pessoas dessa geração. Não fomos chamados para pregar à geração passada, somos chamados para proclamar o evangelho a essa geração. Decifrar os códigos de nossa época, traduzir o evangelho de Jesus numa linguagem acessível e compreensível às pessoas dessa geração é missão da igreja. Estamos no limiar de uma nova história. Nasce uma nova geração, surgem novos desafios, agigantam-se novas barreiras que impedem o crescimento do Reino nos corações humanos. Somente uma igreja relevante e missionária poderá vencer estes desafios e alargar as fronteiras do Reino de Deus no solo desta terra. Que Deus nos ajude.
Kassio F. P. Lopes é missionário da IAP em Corumbá (MS).
Geração apaixoNADA por Jesus?
Vale a pena analisar o verdadeiro sentido da palavra paixão
Desculpem-me os apaixonados, mas “eu tô fora!!!!
Pode ser extremismo meu, mas não sou muito dada a modismo. Você quer saber de que estou falando?!!! Deixe-me ser mais clara. De vez em quando, deparamo-nos com “ondas” que vem e vão com o tempo (sabe, como uma onda no mar?!!).
Houve uma “geração jeans”, “geração coca-cola”, “geração shopping center”... e no meio evangélico, vemos a febre da “geração apaixonada por Jesus” (eu sou mesmo da geração metanoia!!!). Nenhum problema em exemplos de tipo de gerações, pois a Bíblia está recheada de exemplos (I Pe 2: 9; Sl 14: 5; Mt 12: 39; Mc 8: 38), mas essa aí tem chamado muito a minha atenção (não está na Bíblia, é lógico!!!).
Como pessoa curiosa e eterna estudiosa da língua materna (sou linguista), fui procurar no dicionário o verdadeiro sentido da palavra paixão, olha só o que encontrei:
Quando li tudo isso me assustei. Tudo bem, como disse, posso estar levando muito ao “pé da letra” ou estar me vestindo de um estilo farisaico, mas vamos analisar juntos e me ajude se eu estiver errada.
Você poderia refutar se baseando nas palavras de Paulo “o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura...” (I Co 2: 14), mas não creio que o apóstolo esteja falando de coisas desse tipo; pelo que vimos, ‘paixão’ é algo doentio, cego, exagerado (tipo: “jogado aos seus pés!!!”).
Não sei, não. Realmente, este termo “apaixonado por Jesus” não me agrada, sabe?! Você também pode questionar o fato de eu aceitar a expressão “paixão de Cristo” (mas quem disse que eu aceito?). Para isso tem uma explicação: as pessoas criaram o termo porque acreditavam que Jesus fez uma “loucura”, morrendo por um bando de pecadores como nós (agora sim eu usaria o texto de Paulo!!!).
Para mim, Jesus nunca foi um apaixonado, muito menos um “louco”; Ele se sacrificou movido pelo amor que nutre por nós, não por uma paixão!!!
E pra engrossar minha crença e reforçar minha argumentação, coloco ainda o sentido da “paixão” na vida secular: uma pessoa apaixonada faz loucuras (literalmente!!!) que “ninguém merece”, e por conta da tal paixão, da forma como agimos por causa dela e dos efeitos que isso pode causar que... sei não, prefiro sempre dizer que amo Jesus e não que sou (ou estou, o que é pior!!!) apaixonada por ele.
Bem, agora que “coloquei essa pulga atrás da sua orelha”, me ajude e me tire dessa “enrascada”... somos ou não apaixonados por Jesus?!!! No final das contas, você pode até achar que essa geração toda é mesmo apaixoNADA, isso sim!!!
Esther Braga é Mestre em Linguística, especialista em Língua Falada e Ensino do Português, professora há 21 anos e aluna da Faculdade de Teologia Adventista da Promessa (FATAP) – Extensão Norte.